A volta para o Brasil se aproxima. Em menos de uma semana, estarei de volta à minha terra natal. Esses momentos estão repletos de despedidas, expectativas e também de reflexões. Algumas perguntas eu mesmo tenho me feito. Outras são constantes e vêm de outros.
Essas perguntas costumam girar em torno do que vivi, do que tenho vivido e do que viverei. Em outras palavras, estão relacionadas ao passado, presente e futuro. Perguntas que são definidas (ou não - não é, futuro?) pelo tempo.
Por ser jovem (ainda), eu tenho a tendência de estar bastante concentrado no futuro. Acho que foi assim também com aqueles já adultos e/ou idosos.
Ao longo desses últimos tempos, tenho pensado também na importância do dia-a-dia. Talvez por eu estar presente, consigo entender mais o presente. Ele me parece mais tangível. Acho que é nessa instância que tenho mais segurança, porque, de uma forma ou de outra sei o que acontece; vejo, ouço, sinto, decido, faço ou não. Até que ponto essa segurança me liberta ou aprisiona é questionável.
Acabei de falar do presente, ele acaba de se tornar passado. É assim: da efemeridade da minha segurança, daquilo que me era tangível ou que eu diria entender, conhecer, brota o passado.
Hoje decidi olhar para o meu passado. Quero fazer esse exercício de maneira nova assim como o sábio Salomão sugeriu: "Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade" (Eclesiastes 12.1). Assim eu olho para trás! Nesse momento de minha vida, lembro dEle: que diferença Ele tem feito! Quero continuar vivendo o dia-a-dia lembrando do meu Criador, do meu Senhor!
Hoje, o Senhor segura a minha mão. Com um sorriso nos lábios Ele me convida a olhar para o caminho trilhado com Ele. "Viu, filho!? Eu te falei que a caminhada seria diferente!". Eu, com o coração contrito, agradeço-O, adoro-O. Ele continua: "Mas vamos continuar...". Em fé, meus olhos se voltam para os dEle. Como criança que atravessa a rua, deixo com que o Pai segure firme a minha mão e ensaio os primeiros passos do que está por vir.