segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Um ano novo renovado

Ontem, estava olhando para a minha agenda e percebi que só restava uma folha vazia, entitulada 31 de dezembro de 2007. Quando olhei para aquilo, dei-me conta de que há pouco tempo atrás aquela agenda era um livro novo, não tinha tantas coisas anotadas. Agora, resta uma folha.

Outro dia, percorria as páginas da agenda, olhando e relembrando de coisas que eu tinha para fazer e das coisas que eu fiz. Vi que muitas foram canceladas, outras aconteceram de forma ou em datas diferentes. Também tiveram muitas situações inesperadas que, talvez, nem deu tempo de anotar naquelas páginas.

Sabe, eu me dei conta de que trezentos e sessenta e quatro dias se passaram. E, não sei se por entusiasmo prolongado ou por esperança súbita, entendi que o último dia tem algo de especial. Ele, o 31/12, é um resultado daquilo que vivemos ao longo de todos aqueles outros. Ele é o último que antecede o primeiro.

Voltando à página em branco, ela me indicava que tinha ainda uma oportunidade em 2007. Não quero conferir um tom alienado de "viva esse dia como se fosse o último de sua vida" a isso, mas quero apontar para o valor que um simples dia tem em nossa vida.

Nessa época, recebemos muitos votos de "Feliz Ano Novo". Uma pessoa desejou algo diferente para mim e eu decidi aceitar. A sua mensagem dizia "que você tenha um ano novo renovado". O ano novo todos nós teremos querendo ou não, mas um ano novo renovado é diferente.

Renovação pressupõe ação, transformação, modificação e por aí vai. Simultaneamente, renovação aponta para um agente de mudança do status quo, ou do nosso mundinho. Quem será esse agente? Quem é que será capaz de fazer os meus dias e minha vida novos?

Eu desejo a você um ano novo renovado.

Um grande abraço.

Uma lembrança de renovo em 2007

No primeiro semestre de 2007, uma palavra de Jesus me marcou e mudou muito minha vida. Em Mateus 9.17 encontramos: "Nem se põe vinho novo em odres velhos; do contrário, rompem-se os odres, derrama-se o vinho, e os odres se perdem. Mas põe-se vinho novo em odres novos, e ambos se conservam".

O odre é uma bolsa de couro que servia para armazenar o vinho. Entendi que o odre falava de minha estrutura. Para entender e viver o "vinho novo", eu preciso abandonar meus velhos usos e costumes. Uma mudança de mente e coração se faz necessária para vivenciarmos a novidade do Evangelho na nossa vida diária.

O vinho, por sua vez, é uma bebida gerada pelo amassar e fermentar das uvas. A matéria-prima do vinho, a uva, encontra-se na videira. Jesus disse: "eu sou a videira verdadeira" (João 15.1). Nós somos os ramos da videira (João 15.5). O ramo precisa frutificar e isso só é possível conectado à videira. Da videira vem o sustento, a seiva para que sejamos capazes de produzir os frutos.

De estrutura renovada, tornamo-nos aptos para entender a simplicidade do Evangelho: cada vez mais nos vemos como pecadores redimidos pelo Cordeiro de Deus - Jesus Cristo; cada vez mais aprendemos a caminhar em dependência e obediência ao Senhor. Aprendemos a caminhar em submissão ao Espírito Santo. Viver o grande mandamento de amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos torna-se o nosso chamado e compromisso diário.

Ele mesmo vai fazendo novo o odre velho. Ele mesmo concede o vinho novo.

Porque dEle, por Ele e para Ele são todas as coisas.

Que minha minha vida seja uma canção a Ti

Ofereço a Ti o meu louvor
Agradeço a Ti com meus lábios
Pois Tua graça é sem limites
Teu amor e bondade são eternos

Que minha minha vida seja uma canção a Ti
Que cada expressão de meu ser Te glorifique
Nos dias de alegria e de tristeza
Quero viver para Tua glória

Nenhum outro é digno desse louvor
Somente Tu, Senhor, possui minha adoração
Essa canção ecoará nos céus
Para a glória do Teu santo e eterno nome

E quando a canção cessar
Em meio às tribulações e lutas
Senhor, abre novamente os meus olhos
Que eu encontre descanso em Ti

Jeg vil gjøre mitt liv til en lovsang til Deg

Jeg vil gi deg o'Herre min lovsang
Jeg vil takke Deg med mine ord
For din nåde som er uten grenser
Og for godhet og kjærlighet stor

Jeg vil gjøre mitt liv til en lovsang til Deg
La hvert tone en hyllest til deg være
Og i dager med glede og dager med sorg
Vil jeg leve hver dag til Din ære

Ingen annen er verdig den sangen
Bare Du, Herre, eier min sang
Og i himmelen skal lovsangen lyde
Til Din ære en evighet lang

Og om sangen i blant skulle stilne
Og forstyrres av uro og strid
Herre, åpne på nytt mine øyne
Så jeg ser at hos deg er min fred

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

O que dizer no Natal?

Sexta passada, eu estava responsável por levar uma pequena meditação para um grupo de adolescentes aqui na Noruega. Era uma festa de Natal, com comidas típicas dessa época do ano, gente com gorro de Papai Noel, aquele clima natalino de "Esqueceram de mim".

Como cristão, eu confesso que tenho me perguntado muito sobre o sentido disso tudo, o sentido de se celebrar o Natal como o fazemos. Por vezes, penso que estamos seguindo muito mais um modismo mercadológico. O Natal virou o ponto alto do comércio e, de certa forma, ajuda a manter o dinheiro em primeiro plano, determinando o rumo da sociedade. E mais, essa época tem uma capacidade de incluir aqueles que podem comemorar - quer dizer, comemorar como se diz que tem que comemorar - e excluir aqueles que não podem.

Será que não tem algo mais? Talvez algo escondido atrás do comércio intenso, da correria típica dessa época? Será que não há algo constante? Alguma coisa que não seja só lembrada e "representada" nessa época? Eu estou desconfiado. Sim, estou. Estou desconfiado e perguntando muito por razões, fundamentos, essência. Quero desconfiar do meu conformismo, das respostas simplistas. Não quero fazer as coisas porque "todo mundo faz" ou porque "é assim que a gente está acostumado". Quero ser incomodado por questões, por interrogações e por dúvidas. Quero celebrar o Natal de maneira diferente.

Em meio a tanta coisa que a gente faz, vê e tem disponível nessa época do ano, aquele menininho que nasceu num curral parece que também pode dizer "esqueceram de mim". Sabe, eu não quero esquecer. Eu insisto em olhar para ele nesse tempo. Eu quero achar a luz do mundo em meio às tantas luzes artificiais que enchem as cidades. Eu quero olhar para ele. Eu quero entender o mistério que há ali naquele curral. Quero lembrar que três reis decidiram ir até ele ali naquele lugar e se prostraram, ofertando-lhe presentes. Quero lembrar que gente simples, pastores de ovelhas, também estavam ali, adorando-o.

Depois que esse meninho cresceu, ele disse que estaria comigo todos os dias até o fim dos tempos. E onde é que eu estarei neste Natal?

Voltando à mensagem para os adolescentes. Na semana passada, recebi no meu e-mail um texto, comentando sobre um Natal diferente: na Coréia do Norte. Lá, ser cristão é proibido. Cristianismo é crime, por vezes, com sentença de morte. Lá, muitos cristãos já foram mortos por professarem sua fé em Jesus Cristo nos dias de hoje. Mas a Igreja, não a instituição ou o prédio, mas o povo de Cristo, continua viva naquela terra. E eles celebram o Natal. Sim, arriscando suas vidas, os cristãos norte-coreanos comemoram ao seu modo o nascimento do Salvador.

Abaixo você encontra um texto que fala do Natal desses irmãos e irmãs. Foi isso que partilhei com aqueles adoslescentes na última sexta-feira. O que li me chamou atenção para a essência, para o que é fundamental.

Que Deus nos abençoe e nos conceda um Natal lembrando dEle.

O Natal na Coréia do Norte

Não há luzes piscando, nem ceia de Natal, nem mesmo um culto de vigília para os seguidores de Jesus Cristo na Coréia do Norte. Ninguém tem permissão para meditar no nascimento do nosso Redentor, sem falar que o Natal deveria ser um feriado especial. Mesmo assim, aqui os cristãos celebram o nascimento de Cristo. Este é o relato de uma Igreja que, graças a Jesus, não foi suplantada pelos portões do inferno.

Por um instante, há silêncio na sala escurecida. Então, o mais velho dos quatro homens fala. Ele sabe que precisa falar com serenidade, mas seu coração vai se partindo na medida em que seus lábios começam a se mover.

“Senhor, nós pecamos, porque nos curvamos diante da imagem de Kim Il Sung. E, Senhor, nossos pais pecaram também, porque eles se curvaram diante dos ídolos dos japoneses. Senhor, perdoe-nos! O povo de Israel teve de permanecer no deserto por 40 anos quando fez um bezerro de ouro, mas nós... nós já temos sofrido há mais de 50 anos. Quando será suficiente, Senhor? Quando poderemos abrir as igrejas dos nossos antepassados?”

As palavras cessam. O som de homens chorando preenche a pequena sala. Da parede, Kim Il Sung e Kim Jong Il olham com altivez para o pequeno grupo de homens.

O senso de pecado é muito profundo para os cristãos norte-coreanos. Eles atribuem toda a miséria que o país experimenta ao pecado do povo. A cena nas ruas da capital Pyongyang representa o vazio da existência.

A cidade está repleta de monumentos magníficos, parques bem cuidados e prédios dilapidados. Envolvidas em seus negócios, as pessoas vagam como robôs sem expressão. A tensão das faces trai a vigilância.

Quando passam em frente à estátua de 21 metros de Kim Il Sung, elas se curvam antes de continuar seu caminho.

Cristãos norte-coreanos

Neste Natal – exatamente como em qualquer outro dia do ano – não há luzes festivas nas ruas de Pyongyang. A cidade está imersa na escuridão, como se estivesse constantemente preparada para um ataque aéreo que pudesse acontecer a qualquer momento.

A Coréia do Norte é o único país do mundo para o qual a Guerra Fria ainda não acabou, e um dos poucos países onde não é permitido comemorar o Natal.

“Mas é claro que os cristãos meditam no nascimento de Jesus Cristo”, diz o irmão Simon, que coordena o trabalho da Portas Abertas de uma localidade secreta na China. “Eles apenas não podem ir a uma igreja para cantar ou para ouvir um sermão.

Eles não podem sequer visitar uns aos outros para lerem juntos a Bíblia, por exemplo. Ser cristão na Coréia do Norte é uma prática solitária”.

Cultos secretos

Os pensamentos de Simon se voltam para os domingos na Coréia do Norte. Apenas de vez em quando, acontece de os cristãos se sentirem seguros o bastante para se reunirem em pequenos grupos. Normalmente essas reuniões contam com apenas duas pessoas.

“Por exemplo, um cristão se senta em um banco num parque. Outro cristão chega e se senta ao seu lado. Às vezes é perigoso até falar um com o outro, mas eles sabem que ambos são cristãos, e nesse momento, isso é suficiente. Se não há ninguém em volta, eles podem compartilhar um versículo bíblico que sabem de cor e fazer algum comentário.

Eles também compartilham entre si pedidos de oração. Então eles se separam e vão procurar por outros cristãos em outra parte da cidade. Isso continua no decorrer do domingo. Uma célula normalmente consiste de menos de 20 cristãos, que encorajam e fortalecem uns aos outros dessa maneira. Além disso, há cultos individuais nas casas”.

O Natal também é celebrado dessa maneira. Não há culto na véspera do Natal para os fiéis na Coréia do Norte, mas apenas um encontro com outro cristão. “O Natal é celebrado principalmente no coração do cristão”, afirma Simon.

“Somente se a família inteira se converteu é que é possível ter algo parecido com um culto. Desde que seja possível manter a fé escondida dos vizinhos. Além disso, às vezes é possível promover uma reunião em áreas remotas com um grupo de 10 a 20 pessoas. Muito ocasionalmente, é possível para os cristãos entrarem discretamente nas montanhas e realizar um ‘culto’ em um local secreto. Nesse caso, pode haver quase 60 ou 70 norte-coreanos reunidos.”

Urgência de oração

Lembre-se dos cristãos norte-coreanos em suas orações. Ore pela situação do país em geral, peça que o Senhor modifique o coração de seus líderes. Ore também por aqueles que estão envolvidos no socorro dos nossos irmãos da Coréia do Norte e que, conseqüentemente, enfrentam também muitos riscos ( leia mais).

Tradução: Cristina Ignacio


Missão Portas Abertas

domingo, 16 de dezembro de 2007

Presente


Eu recebi esse presente de uma amiga muito querida: Jaciluz. Como ficou tão legal, decidi compartilhar com vocês, afinal, ela me deu a autorização para isso e não ficou com vergonha de mostrar o brilhante trabalho que ela fez. Resumindo, ficou fantástico!

Mostrei para alguns noruegueses aqui e eles disseram "Det er kult!". Trabalho apreciando internacionalmente, vindo lá de Benfica.

Jaci, obrigado pela nossa amizade! Por tudo que temos vivido e aprendido juntos ao longo desses anos de convivência!

Um grande abraço para todos vocês!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Tentando (mais que) dizer uma coisa


Este texto pretende-se uma homenagem a alguém que me acompanha a vinte e tantos anos. Não quero dizer com isso que essa pessoa seja velha. Imagina, irmão caçula não faz essas coisas!

Quero lembrar umas coisas que aconteceram em nossas vidas para deixar esse momento com um gosto de mais saudade misturado com infância, já que o tempo fez da menina que brincava comigo uma Bacharel em História.

Lembra, irmã? Lembra de quando eu - ainda bem pequeninho - deitava-me em teu colo de quatro, cinco anos de idade e tentava a minha primeira declaração de amor fraterno, dizendo (dizendo?) "Ú-ú-ú"? Obviamente, eu não desenvolvera memória pra lembrar disso, sei e relembro porque os nossos pais nos contaram.

Lembra, irmã? Lembra da vez em que comíamos pêssego e juntos compactuamos uma encenação: "Vamos fingir que você, Junior, engoliu o caroço do pêssego e precisa de ir pro médico, daí a gente chama a mãe"? Pretendia-se, portanto, uma tosse rouca de engasgo, chamava-se tresloucadamente a mãe como se fosse emergência e a coitada correra para atender aos "berros de mentirinha" que vinham da boca das crianças... Pena que ela era a única que não sabia da brincadeira e, de fato, assustara-se.

Lembra, irmã? Lembra de quando disputávamos para escorregar nas pernas do pai que, assentado na poltrona, após um dia de trabalho, ainda tinha tempo para brincar com o "meu muleque" e a "minha gatinha"? Por vezes, a disputa não era muito amistosa e o papai intervia com um sonoro "parou a brincadeira".

Lembra, irmã? Lembra de quando eu - irmão mais novo - arrumava confusão na escola e sobrava para você acertar as contas? Meu Deus, onde estava o meu juízo, hein? Provavelmente, perdido na inocência de criança.

Lembra, irmã? Lembra de quando você começou a namorar e eu comecei a cumprir a função-maior de um irmão mais novo: ser chato em tudo o que diz respeito a um sujeito denominado cunhado?

Lembra, irmã? Ah, eu sei que você lembra! Essas lembranças agora me fazem sorrir molhando os olhos, deixando uma lágrima desenhar em nossa face um sorriso com gosto de infância, um sorriso com jeito de irmãos. Lembra do nosss sorriso, irmã? Se você se lembra, irmã, eu quero pedir para você estampá-lo em seus lábios e em seus olhos.

Sabe, o bebê que não podia falar, agora briga com as palavras, fazendo-as dizer a você o quanto é amada por ele. Esse menino que junto de você dava trabalho para a mãe, divertia-se com o pai e incomodava o cunhado... Sim, ele mesmo, esse menino que arrumava confusão e deixava para você resolver. Isso mesmo, o menino que está longe. Sim, sim, com certeza, o seu irmão! Saiba, irmã, que ele fica muito feliz de ver que a menina que brincava com ele agora se forma historiadora.

Edson Munck Junior
11 de dezembro de 2007
Noruega

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Maria, você sabia?

Maria, você sabia
Que o seu meninho
Um dia andaria sobre as águas?

Maria, você sabia
Que o seu meninho
Salvaria nossos filhos e filhas?

Você sabia
Que o seu meninho
Veio para renovar você?
Essa criança que você traz à vida
Trará vida à ti

Maria, você sabia
Que o seu meninho
Daria visão a um homem cego?

Maria, você sabia
Que o seu meninho
Acalmaria a tempestade com a sua mão?

Você sabia
Que o seu meninho
Tem andado onde nem os anjos andaram?
Quando você beija o seu meninho
Você beija a face de Deus

O cego verá
O surdo ouvirá
O morto tornará a viver
O coxo saltará
O mudo falará
Dos louvores ao Cordeiro

Maria, você sabia
Que o seu meninho
É o Senhor da criação?

Maria, você sabia
Que o seu meninho
Governaria as nações?

Você sabia
Que o seu meninho
É o Cordeiro imaculado do Céu?
A criança sonolenta que você embala
É o Grande Eu Sou



De Mary, Did You Know? Mark Lowry, 1984




domingo, 9 de dezembro de 2007

Brasilkveld - Noite brasileira

No dia 9 de novembro, Cirene e Edson, na companhia da galera de KarmelU, prepararam uma noite com um pouquinho de Brasil. Meditação, Quiz, Cachorro-Quente, Brigadeiro e "dois-pra-lá-dois-pra-cá" de Forró.



Brazilkveld


9. nov: Cirene og Edson hadde arrangert brazilkveld med andakt, dans, konkurranser, mat og hjemmelaget snop.