domingo, 28 de fevereiro de 2010

Felizes... (III)

Os HUMILDES.
O professor do Centro Evangélico de Missões, Phillip Greenwood, diz que “a humildade é fruto de uma nova compreensão de mim mesmo diante de Deus”. Assim, ser humilde é possuir um espírito gentil e uma estimativa correta de si mesmo. A Palavra nos ensina que “Deus resiste aos soberbos”.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Felizes... (II)

Os QUE CHORAM.
Esse choro é o lamento pela indignidade, o constrangimento pela santidade de Deus, o choro pelo pecado pessoal e do mundo. Qual a razão desse chorar? Tristeza do arrependimento, contrição, chorar pela minha maldade, pela maldade do outro, pela maldade deste mundo. Jesus fala de uma tristeza segundo o coração de Deus.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Felizes... (I)

Os POBRES DE ESPÍRITO.
Ser pobre de espírito é reconhecer-se indigno. O aflito, no Antigo Testamento, é alguém que está sofrendo e não tem condições de salvar-se a si mesmo. Ser pobre de espírito é reconhecer a minha pobreza espiritual, minha falência diante de Deus. A igreja de Laodiceia dá um exemplo para nós (Apocalipse 3.17).

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Felicidade e Reino de Deus

Na abertura do Sermão da Montanha, Jesus trata das “bem-aventuranças”. Certamente, muita gente conhece, cita e admira essas palavras. Contudo, o significado que elas trazem não querem apenas causar admiração em nós; antes, as palavras de Cristo querem transformar nossa vida, fazer de nós novas pessoas, não apenas pessoas melhores.

As bem-aventuranças estão listadas no capítulo 5 de Mateus, dos versos 3 ao 12. Essencialmente, elas tratam do caráter do cristão, uma vez que Jesus destina-as àqueles que estavam mais próximos dele. Isso é confirmado no próprio texto bíblico. Basta ler, com atenção, os dois primeiros versículos do capítulo 5. Contudo, sabemos que a multidão, daquele tempo e também de hoje, ouve as palavras do Mestre.

Ao todo, Jesus apresenta oito bem-aventuranças. As quatro primeiras tratam do relacionamento do discípulo com Deus. As quatro últimas, do relacionamento e dos deveres dos discípulos para com o próximo.

Em seu livro A mensagem do Sermão do Monte, John Stott afirma: “As bem-aventuranças são especificações dadas pelo próprio Cristo quanto ao que cada cristão deveria ser. Todas essas qualidades devem caracterizar todos os seus discípulos” (p.19).

Hoje, começa uma nova série aqui no blog. Felizes... é composta por oito postagens sobre as bem-aventuranças. Ser bem-aventurado é ser feliz. Podemos traduzir “bem-aventurado” por “feliz”. Vale ressaltar que, no grego, makarios designa não o estado subjetivo, passageiro da felicidade, mas, sim, algo permanente, estável, definitivo, certo.

Meu desejo sincero é que você seja makarios, segundo o que Jesus Cristo diz ser felicidade. As bem-aventuranças são desafiadoras para os discípulos e perturbadoras para a sociedade.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Cuidado

"O serviço a Deus é uma causa séria e profunda.
Guarda-te para que tu não te arruínes através dele."
(A. Schlatter)

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Lamento evangélico

Ontem à noite, quando voltava para casa, observei o fluxo contínuo de muitas pessoas com muletas. Uma, duas, três, quatro. Todas elas passavam ou perto de mim ou do outro lado da calçada. Junto delas, havia pessoas carregando Bíblias. Ouvindo uma conversa de ponto de ônibus, deduzi o que acontecia nas redondezas: toda aquela gente foi atraída até uma igreja.

O andar de um senhor com suas muletas, voltando daquela reunião, chamou-me a atenção. Fitei os olhos nos olhos dele: cabisbaixo, em sua senilidade, aquele homem caminhava lentamente com suas muletas. Parecia abatido ao voltar daquele “culto”. Talvez, ele esperava voltar de lá sem as muletas.

Esse episódio me fez pensar sobre o quanto caminhamos longe do senhorio de Jesus Cristo. Os ditos “seus seguidores” – ou mesmo, “seus apóstolos” – usam desse nome para se auto-promoverem, para fazerem promessas a um povo sedento, abatido, necessitado. Além disso, essa manipulação acaba colocando fardos sobre aqueles já chamados para serem livres.

Uma moça comentava, com orgulho, ao passar perto de mim: “Pois é. Eu já sou dizimista há três anos”. Quiçá, ela se julgava privilegiada por isso e, assim, digna de bênçãos especiais. O olhar daquele velhinho denunciava desesperança. Uma multidão vagava por aquela região da cidade, indicando o frissom religioso causado por mais um dos atuais super-seguidores: mais um que prometia a solução completa para todo sofrimento.

Sinceramente, angustia-me perceber o tipo de cristianismo que se dissemina país afora. Parece que nós, brasileiros e brasileiras, insistimos em dar crédito a qualquer um e a qualquer coisa, já que presumimos não desistir nunca...

Não conversei com aquele senhor que voltava para casa com sua esperança abatida. Entretanto, pensei comigo mesmo: “O que significaria, para mim, entrar em uma reunião ‘evangélica’, cheio de esperança de ser curado, já que o pregador atraiu-me com esse argumento, e voltar para casa com as minhas velhas e conhecidas muletas?”. Acredito que aquele homem já lidou com muitos revezes na sua vida. Inclusive, caso não tenha um bom plano de saúde, enfrentou muitas filas para ser atendido no nosso Sistema Único de Saúde.

O que fizemos com o nome de Jesus? O que temos feito em nome de Jesus? Sim, temos que fazer essas perguntas se somos pessoas sérias e comprometidas com o evangelho de Cristo. Jesus não é legenda partidária. Jesus não é ideologia. Jesus não é método. Jesus não é publicidade ou propaganda. Jesus não é liquidação.

Especificamente sobre a cura – bênção maravilhosa que acontece pela intervenção do Senhor – , percebo que a estão ofertando como produto nestes dias. Há uma infinidade de “promotores de vendas” nesse ramo. Pena que o produto oferecido tem prazo de validade bastante exaurível. Pena que é mais imediatista do que duradouro. Pena porque enganamo-nos com uma pirataria dos milagres e deixamos de experimentar a completude da obra de Cristo.

Referências bíblicas: Mateus 24.11 e 12; Jeremias 4.22 e 6.14
Texto escrito em 19/09/09.