Os primeiros acordes do violão foram seguidos de uma melodia suave que a flauta transversa dizia. No encontro dos sons, reconheci a canção que me convidava a declarar a fidelidade do Senhor. "Tu és fiel , Senhor / Tu és fiel, Senhor / Dia após dia, com bênçãos sem fim / Tua mercê me sustenta e me guarda / Tu és fiel, Senhor, fiel a mim".
Esse convite me foi feito ontem à noite, enquanto, reunido com o povo de Deus, celebrava aquele que é fiel em todas as circunstâncias. A melodia discreta foi suficientemente poderosa para colocar-me diante do Senhor, em contrição e em contemplação, e ouvi-Lo naquele momento.
Vida que segue. E segue porque Ele tem cuidado de nós. Percepções simples como essa são engolidas no afã de nossos dias corridos. A permanência da fidelidade de Deus contrasta com a fluidez de meus pensamentos e emoções, contrasta com a minha vulnerabilidade. A fidelidade de Deus contrasta com as mudanças intensas que este nosso tempo dita e provoca.
Fui capturado por um outro tempo naquele instante. Um tempo em que importava, tão somente, o que Ele queria mostrar a mim e àqueles que lá estavam reunidos. Aquela fração do eterno ainda se encontra presente. Foi como um suspiro prolongado para retomar o fôlego de vida. E isso tudo ocorreu em poucos minutos.
A fidelidade dEle é tamanha que, fielmente, o Senhor nos lembra da verdade de que Ele é fiel.
Um comentário:
Verdade que Ele é fiel.
E por experimentarmos isso somos sempre libertos por essa verdade.
Verdade que sempre nos faz viver o refrigério de saber que Ele é fiel e tira de nós o fardo da angústia!
Postar um comentário