Eu não voto em pastor. Eu não voto em padre. Eu não voto em babalorixá. Eu não voto em rabino. Não voto nos derivados religiosos. Eu não voto em cantor. Eu não voto em jogador.
O pastor, o padre, o babaloxirá, o rabino que não sabe legislar ou executar serve para que nos cargos políticos? De que adianta o cantor ou o jogador de futebol que não sabe o que lhe é responsabilidade no âmbito político quando eleito?
Quer sejam religiosos, quer sejam representantes de um classe profissional, as figuras que aparecem na época de eleições precisam, antes de tudo, de mostrar que sabem o que é democracia, de mostrar que sabem o que é o cargo para o qual se candidatam. E esse mostrar que sabem não quer dizer ter na ponta da língua a definição, mais do que isso, a vida que vivem é que deve dizer. Por exemplo, o pastor não exercerá o mandato, mas sim o cidadão fulano de tal que, por acaso, é pastor e se candidatou. Percebe a (i)lógica?
Eu voto, sim, em homens e mulheres que se mostram capazes de exercer as funções que lhes são cabidas. Inegavelmente, a experiência pessoal é fator que conta na hora de se escolher em quem votar. Por isso, é preciso, antes, saber qual o nível de experiência na vida pública desses representantes religiosos ou profissionais. O que eles já fizeram ou fazem em prol da sociedade?
Oficiar rituais religiosos é uma coisa. Entreter com o futebol e com a música é uma coisa. Agora, exercer um cargo público é fundamental não só para um segmento, mas para toda a sociedade. Tem gente que é e tem gente que não é religiosa. Tem gente que gosta e tem gente que não gosta de futebol ou de determinado estilo musical. Mas todos experimentam a consequência daquilo que faz um governante.
Já dizia o Nazareno: "deem a César o que é de César e, a Deus, o que é de Deus" (Mateus 22.21).
Um comentário:
Gostei!
E também penso assim!
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