sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A vulnerabilidade do amor


“Amar é ser vulnerável. Ame qualquer coisa, e o seu coração será certamente torcido, e possivelmente quebrado. Se você quiser garantir um coração intacto, não o entregue a ninguém, nem mesmo a um animal. Embrulhe-o cuidadosamente com hobbies e pequenos luxos; não o deixe se amarrar a nada; tranque-o com segurança no cofre ou caixão do seu egoísmo. Mas no cofre – seguro, escuro, parado, sem ar – ele passará por uma mudança. Ele não se quebrará; antes se tornará inquebrável, impenetrável, irremediável.”


LEWIS, C. S. The four loves. Fount: Harper Collins Religious, 1998, p.116.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Eu acredito no que faço? Eu acredito no que vivo?


Por que pensar, então, que Deus não fará justiça ao seu povo escolhido, que sempre clama por ajuda? Acham que ele não vai ajudá-los? Garanto a vocês que vai, e sem demora. Mas a pergunta é: quanto dessa fé persistente o Filho do Homem vai encontrar na terra quando voltar?” (Lucas 18.6-8)

A maior parte de nossa vida se caracteriza por aquilo que chamamos de ordinário. Aquilo que chamamos de extraordinário é, justamente, o momento que foge da regra, do convencional e da rotina. Por exemplo, o estudo, o trabalho, a arrumação da cama e da casa etc., isso é ordinário. A folga, o passeio com amigos e família, o acordar mais tarde e deixar a cama desarrumada até quando decidirmos ajeitá-la etc., isso é extraordinário.

Na vida de fé não é muito diferente: os momentos extraordinários existem e, certamente, são marcantes em nossas vidas. Cada um de nós pode lembrar e contar acontecimentos que fugiram da normalidade em que, de maneira poderosa e nada convencional, percebemos Deus interferindo em nossas vidas. E é bom não nos esquecermos de que Ele é capaz de, ainda hoje, fazer “infinitamente mais do que pedimos ou pensamos” (Efésios 3.20). Entretanto, o desafio que vivemos como discípulos e discípulas de Jesus Cristo é conciliar a extraordinária revelação do Salvador e de Seu Reino com o ordinário de nosso cotidiano.

Por vezes, a rotina costuma esmagar em nós a esperança que Cristo revela. Nesse sentido, é importante lembrarmos que o próprio Senhor nos advertiu de que no mundo teríamos aflições, mas Ele mesmo venceu o mundo (João 16.33). Nosso desafio é crer contra as evidências da descrença, da desesperança e do desespero. É importante que mantenhamos a fé em nossa caminhada com Jesus, uma vez que “é impossível agradar a Deus a não ser pela fé. Por quê? Porque qualquer um que deseja se aproximar de Deus deve crer que ele existe e que se preocupa o bastante para atender aos que o procuram” (Hebreus 11.6).

O apóstolo Paulo relacionou de forma interessante três marcas da vida cristã, “temos três coisas que nos guiam até a consumação de tudo: confiança firme em Deus, esperança inabalável e amor extravagante. E o melhor desses três é o amor” (1Coríntios 13.13). Fé, esperança e amor. Que o Espírito Santo traga às nossas mentes e aos nossos corações as promessas imutáveis de Deus, interferindo extraordinariamente em nossa vida ordinária.

Para pensar e orar...
Em qual área de minha vida eu tenho tido dificuldades de crer?
Há alguma situação pessoal em que tenho vivido sem esperança?
Deixar de acreditar no que vivo e no que faço interfere no serviço ao Senhor e ao próximo?
Qual a importância de aprender a conciliar o ordinário e a esperança no extraordinário?
É possível viver com fé, esperança e amor de modo solitário?
Como a comunhão pode me ajudar a viver crente, esperançoso(a) e amoroso(a)?