“Por que pensar, então, que Deus não fará justiça ao seu povo escolhido, que sempre clama por ajuda? Acham que ele não vai ajudá-los? Garanto a vocês que vai, e sem demora. Mas a pergunta é: quanto dessa fé persistente o Filho do Homem vai encontrar na terra quando voltar?” (Lucas 18.6-8)
A maior parte de nossa vida se caracteriza por aquilo que chamamos de ordinário. Aquilo que chamamos de extraordinário é, justamente, o momento que foge da regra, do convencional e da rotina. Por exemplo, o estudo, o trabalho, a arrumação da cama e da casa etc., isso é ordinário. A folga, o passeio com amigos e família, o acordar mais tarde e deixar a cama desarrumada até quando decidirmos ajeitá-la etc., isso é extraordinário.
Na vida de fé não é muito diferente: os momentos extraordinários existem e, certamente, são marcantes em nossas vidas. Cada um de nós pode lembrar e contar acontecimentos que fugiram da normalidade em que, de maneira poderosa e nada convencional, percebemos Deus interferindo em nossas vidas. E é bom não nos esquecermos de que Ele é capaz de, ainda hoje, fazer “infinitamente mais do que pedimos ou pensamos” (Efésios 3.20). Entretanto, o desafio que vivemos como discípulos e discípulas de Jesus Cristo é conciliar a extraordinária revelação do Salvador e de Seu Reino com o ordinário de nosso cotidiano.
Por vezes, a rotina costuma esmagar em nós a esperança que Cristo revela. Nesse sentido, é importante lembrarmos que o próprio Senhor nos advertiu de que no mundo teríamos aflições, mas Ele mesmo venceu o mundo (João 16.33). Nosso desafio é crer contra as evidências da descrença, da desesperança e do desespero. É importante que mantenhamos a fé em nossa caminhada com Jesus, uma vez que “é impossível agradar a Deus a não ser pela fé. Por quê? Porque qualquer um que deseja se aproximar de Deus deve crer que ele existe e que se preocupa o bastante para atender aos que o procuram” (Hebreus 11.6).
O apóstolo Paulo relacionou de forma interessante três marcas da vida cristã, “temos três coisas que nos guiam até a consumação de tudo: confiança firme em Deus, esperança inabalável e amor extravagante. E o melhor desses três é o amor” (1Coríntios 13.13). Fé, esperança e amor. Que o Espírito Santo traga às nossas mentes e aos nossos corações as promessas imutáveis de Deus, interferindo extraordinariamente em nossa vida ordinária.
Para pensar e orar...
Em qual área de minha vida eu tenho tido dificuldades de crer?
Há alguma situação pessoal em que tenho vivido sem esperança?
Deixar de acreditar no que vivo e no que faço interfere no serviço ao Senhor e ao próximo?
Qual a importância de aprender a conciliar o ordinário e a esperança no extraordinário?
É possível viver com fé, esperança e amor de modo solitário?
Como a comunhão pode me ajudar a viver crente, esperançoso(a) e amoroso(a)?
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