sábado, 14 de abril de 2012
Meninos
Os gritos da discussão espantaram quem estava por perto. O espaço para o ringue foi liberado. A ginga verbal de um deles deu início à batalha. O corpo se dobrou à tensão da voz e se armou. Os passantes seguiam a rotina do dia. Foi um soco que trouxe o inusitado para quem passava naquela rua. Os olhares desatentos viram os corpos em discussão. Um. Dois. Foram três os socos. O punho cerrado encontrou o rosto do menino. Que chorou. Menino também era o agressor. O rosto chocado pela mão do outro foi levado até a camisa do uniforme escolar. Era preciso secar as lágrimas. Não se podia chorar. Tinha muita gente olhando.
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