"Os miseráveis" tem acentuado caráter de reflexão social. Seguir a trajetória de Jean Valjean é se deparar com conflitos humanos que ainda falam à nossa geração. Fantine, Cosette, Javert, Marius, Thénardier, Bienvenu, Fauchelevent, dentre outros, são personagens que convidam os leitores a fazer parte do universo hugoano. E cada um desses ensina uma lição diferente. Perceber que esse texto resiste à e (re)existe a partir da leitura de meninos e meninas com 13 e 14 anos é testemunhar que aquele escritor francês do século XIX, de fato, tinha algo a dizer.
O poema abaixo foi escrito pelo aluno Fernando Almeida e apresentado como conclusão de seu trabalho:
O que é miséria?O vídeo a seguir é resultado do trabalho dos estudantes Ana Beatriz Vilela, Bernardo Zanetti, Caroline Dias, Gabriel Leite, Gustavo Hespanhol, Larissa Freez, Lucas Lima e Thales Buzan.
Uma coisa gerada por nós.
Onde está a miséria?
Está em todo lugar.
Quem é a miséria?
A miséria somos nós...
Não entendo essa miséria.
Não sei onde está.
Não sei onde procurar.
Mas que boba, mas que megera.
Descobri onde está.
Mas nem precisei procurar.
Descobri o que sou.
Descobri que sou um miserável
por eu mesmo gerar os miseráveis.
Foram as mais variadas expressões que povoaram as aulas de Língua Portuguesa quando das apresentações das equipes: música, dança, teatro e artes plásticas se aliaram à literatura e motivaram as leituras de "Os miseráveis".
Alegro-me pelo fato de perceber que os alunos têm se despertado para temáticas tão sérias e com tanta sensibilidade. Como lhes disse, acredito que nenhum deles vai se esquecer daqueles personagens e, mais, nenhum deles vai deixar de notar a atualidade, a presença dos miseráveis hoje e amanhã.
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