domingo, 22 de julho de 2007

Coerência entre o ser e o dizer ser

Todos sabemos que é importante haver coerência entre o que se fala e o que se faz. Se assim não for, não existe confiança, verdade, tão pouco, credibililidade. Talvez seja essa a nossa maior cobrança com relação aos políticos, aos governantes. Cobramos deles o que nos prometeram na campanha eleitoral e, quando não os vemos realizando o que falaram e nem agindo de modo a alcançar os objetivos partilhados, revoltamo-nos. Afinal de contas, ali estava depositada a nossa confiança.

Mas eu não vou tratar aqui de política. Deixemos esse assunto para um outro dia. Quero, sim, compartilhar a respeito da coerência que deve existir entre o que falamos que somos e o que, de fato, nós somos.

Nós nos irritamos muito quando percebemos a incoerência entre o ser o dizer ser na vida do outro, mas negligenciamos facilmente as nossas incoerências. Jesus falava disso usando a seguinte expressão: “Por que vês tu o argueiro no olho do teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?” (Mateus 7.5). É tão difícil quando temos de enfrentar a nós mesmos...

Participei de um retiro cujo tema foi "Conversão e Compromisso". Foi muito edificante! Dentre tudo o que vivemos e ouvimos ali, o que mais me chamou a atenção foi a seguinte frase:

"O que você é grita tão alto que eu não consigo escutar o que você diz".

Essa é a frase que me marcou e me desafiou a olhar para minha vida. É preciso que descubramos quem somos a fim de que nosso discurso não contradiga nossas atitudes. Ou ainda, que nossas atitudes reafirmem quem somos.

Certa vez, escrevi a letra de uma canção que diz assim:

Quem Tu és?
Em Tua presença desejo saber
Quem Tu és, Senhor?
Faz-me ver
Quem Tu és em mim

Quem sou eu?
Em Tua presença desejo saber
Quem sou eu, Senhor?
Faz-me ver
Quem sou eu em Ti

Nosso relacionamento com o Senhor revela-nos constantemente quem somos e quem somos na presença dEle. Do mesmo modo, convivendo com Ele, aprendemos quem Ele é e quem Ele é em nós. Assim, somos convertidos, voltamos para os braços do Pai, desafiados a nos comprometer com Ele e com o Seu Reino de justiça, paz e alegria no Espírito Santo.





2 comentários:

Anônimo disse...

Isto é um desafio que nos acompanha durante toda a vida.
E quanto mais sabemos,mais conhecimento adquirido,mais responsabilidade temos. Ainda bem que temos Espírito Santo como ajudador; Ele que nos indica como estamos e aponta o que precisa ser mudado. Que a sensibilidade em escutá-Lo seja maior,e seja uma constante;de forma a gerar mudanças. Que a centralidade de nossa vida esteja em Jesus,exemplo sem igual na "coerência entre o ser e o dizer".

Abraços!!!

Anônimo disse...

Ed Querido,
Ainda vou ler os textos... Só queria registrar a empolgação de conseguir comentar antes de tudo.
\0/
A Noruega cada vez mais próxima e o nosso reencontro também. Paradoxo legal esse.
Bom resto de férias!!
Beijão